A cidade do Rio de Janeiro é a musa de escritores, compositores, poetas, pintores e de todo tipo de artista que encontra em suas belezas naturais, históricas e arquitetônicas, inspiração genuína. E conosco, meros mortais, não é diferente.
Apesar de todos os seus problemas sociais, culturais, étnicos, religiosos, políticos, entre tantos outros, o Rio de Janeiro é uma cidade capaz de encantar a todo tipo de viajante, inclusive mulheres que viajam sozinhas.
E, para dar uma ajudinha às viajantes, nós, da Sisterwave, preparamos um roteiro incrível para você aproveitar o há de melhor na cidade maravilhosa!
Vamos listar algumas das principais atrações da cidade, mas não em um roteiro pronto ou engessado. Dessa forma, você pode escolher seus passeios preferidos e fazê-los no seu tempo, de acordo com o seu bolso e com os dias que terá disponíveis no Rio.
Ah, e lembre-se: não deixe de conversar com os locais, eles podem fornecer diversos pontos de vista sobre a cidade e te dar dicas valiosas de atrações fora do circuito turístico tradicional.
Pronta? Então continue com a gente e embarque nessa viagem com a Sisterwave!
Passeios ideais para mulheres que viajam sozinhas
Tão visitada, cantada e celebrada como é a cidade do Rio de Janeiro, impossível não encontrar passeios clichês por lá. Mas clichê, de forma alguma, significa ruim, superestimado ou que não valha a pena conhecer.
Se tem algo que o Rio oferece são maravilhosos passeios clichês. Então, vamos a eles?
-
Santa Teresa: a alma do Rio de Janeiro
Santa Teresa é praticamente indispensável. É apenas o que temos a dizer. Na verdade, não é não!
Temos muito o que contar a respeito desse bairro situado em uma colina no centro do Rio de Janeiro, esbanjando toda sua classe, beleza, boemia e tradição pela cidade. E é claro, de Santa Tereza você terá uma linda vista da capital carioca.
Ok, sabemos que te ganhamos com o combo ‘boemia’ + ‘linda vista’!
Brincadeiras à parte, Santa Tereza pede uma chegada com charme, não acha? E isso quer dizer: bondinho!
Tradicional, ele chegou a ficar desativado por quatro anos, depois de um acidente que matou seis pessoas e feriu mais de 50 em 2011. Aí, tudo foi reformulado para que a segurança se tornasse prioridade.
O bonde voltou a carregar passageiros em julho de 2015 e as saídas se dão a cada 20 minutos. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 17h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h. O valor da passagem é de R$ 20. Para mais informações, é só clicar aqui.
O bonde para Santa Tereza sai do centro do Rio. A Estação de Bondes fica na Rua Lélio Gama (uma ruazinha minúscula – mas que todo carioca sabe onde fica, caso você precise perguntar).
Depois de passar de bondinho pelos Arcos da Lapa, sua vida jamais será a mesma, pode apostar!
Mas o que importa mesmo aqui é Santa Teresa em si. O que mulheres que viajam sozinhas podem fazer por lá além de passear pelas encantadoras ruas do bairro, que é cheio de vida cultural e artística?
Listamos os principais pontos turísticos deste cantinho que é um dos mais tradicionais da capital carioca, confira:
- Escadaria Selarón: o pintor e ceramista chileno radicado no Rio, Jorge Selarón, fez uma obra de arte ao ar livre, cobrindo com azulejos coloridos os 215 degraus da escada que ficava em frente à sua casa e que estava muito degradada – tudo feito com dinheiro próprio e doações. A Escadaria Selarón liga a Lapa à Santa Teresa pela Rua Manuel Carneiro e foi tombada por interesse histórico pela Prefeitura do Rio de Janeiro. É uma boa pedida para o caso de você não querer subir de bonde ou para quando for descer de Santa Tereza.
- Parque das Ruínas: a 650m da Escadaria Selarón, o Parque das Ruínas é o casarão onde morou Laurinda dos Santos Lobo, uma personalidade da década de 1920, que costumava realizar festas e eventos concorridíssimos em sua casa. Lá, é possível ter uma vista espetacular da Baía de Guanabara e do centro do Rio. O parque fica na Rua Murtinho Nobre, 169 e funciona de quinta a domingo das 9h às 16h, com entrada gratuita. Para saber mais sobre tudo o que rola por lá, clique aqui.
- Museu da Chácara do Céu: ele fica ao lado do Parque das Ruínas e há uma pequena ponte que liga os dois. O acervo do museu conta com a coleção particular do empresário Raymundo Ottoni de Castro Maya, que morava no local, e é considerado o maior acervo público de Portinari, além de ter obras de renomados artistas brasileiros e europeus. O museu conta com exposição de longa duração e com exposições temporárias. Os ingressos custam R$ 8 (R$ 4 a meia-entrada) e às quartas-feiras, é grátis. Ele funciona diariamente, exceto às terças, das 12h às 17h. O museu fica na Rua Murtinho Nobre, 93.
- Bar do Mineiro: é um dos mais famosos de Santa Tereza e perfeito para almoçar. Ele tem aquela cara de boteco, com os frequentadores bebendo em pé na calçada e, se você for à Santa Teresa em um fim de semana, não deixe de provar a tradicional feijoada ali. Caso vá durante a semana, uma boa pedida é provar os pastéis de feijão e tomar uma cerveja gelada. O Bar do Mineiro está localizado na Rua Paschoal Carlos Magno, 99 e funciona terça a sábado das 11h às 23h e domingos das 11h às 22h.
-
Pão de Açúcar: retrato de cartão-postal
Claro que ele não poderia faltar em um roteiro para mulheres que viajam sozinhas. Afinal, quem não quer apreciar um dos mais tradicionais pontos turísticos cariocas e, de quebra, passear de bondinho?
O Pão de Açúcar é uma ótima ideia para um dia em que você decidir acordar cedo. A dica é ir pela manhã, pois à tarde é muito possível que você torre no sol carioca sem roupa de banho – e você não quer isso, né?
É muito provável que haja fila para comprar o bilhete, por isso você pode adquirir seu ingresso antecipadamente pela internet aqui.
Caso opte por enfrentar fila (que, no geral, é rápida), a bilheteria da Praia Vermelha abre às 8h e o ingresso básico, que inclui o passeio completo sai por R$ 130. Existem outros bilhetes mais caros e, entre eles, o mais bacana é o que inclui um tour guiado (R$ 195).
O bondinho para primeiro no Morro da Urca. Além da vista impressionante e maravilhosa que obviamente você vai encontrar por lá, há outras atrações legais, como a Praça dos Bondes.
Ali estão expostas versões anteriores de bondinhos (na primeira delas eu, que vos escrevo, jamais teria coragem de entrar, quanto mais subir o morro) e duas estátuas de bronze dos idealizadores de cada uma delas.
Na praça também fica o Espaço Baía de Guanabara, com restaurantes, lojas e quiosques (com preços salgados, como é costume em pontos turísticos badalados) e o “Cocuruto – a história de um fio”, um espaço cultural multimídia muito bacana que conta a história dos teleféricos.
Após apreciar o Morro da Urca sem pressa, você pega mais um bondinho para o morro do Pão de Açúcar e só o que temos a dizer é: aproveite!
Depois é só fazer o caminho inverso para voltar. Se você quiser comprar souvenires, logo na entrada do complexo para pegar o bondinho tem uma lojinha cheia de coisas maravilhosas – e um tanto caras!
O funcionamento do bondinho é diário, das 9h às 20h, com a última subida saindo às 19h. O endereço é Avenida Pasteur, 520, Urca.
Presumimos que você passará a manhã toda no Pão de Açúcar, afinal vale muito a pena. Então sugerimos que depois você aproveite a Praia Vermelha. Ela é linda, minúscula, sem ondas e não é nada badalada, perfeita para um dia de sol tranquilo.
-
Cristo Redentor: a atração máxima
Não é sempre que você tem a oportunidade de ver uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, por isso, aproveite-a bem. O Cristo Redentor está localizado no Morro do Corcovado, é de 1931 e tem 38m de altura.
Dica de ouro: a maioria das pessoas costuma recomendar ir ao Cristo bem cedo, para chegar antes da horda de turistas que invade o morro.
Porém, ir em um fim de tarde te dará uma visão espetacular do Rio de Janeiro repleto de luzes.
A escolha é sua!
Existem algumas maneiras de chegar até Cristo, mas a mais bonita talvez seja o Trem do Corcovado que passa pela Floresta da Tijuca, em uma estrada de ferro de 1884.
Se você for durante a semana, será considerado baixa temporada e o bilhete sai por R$ 87,50. Se for em um fim de semana ou feriado, será considerado alta temporada e o bilhete custará R$ 109,50.
O ingresso, que você pode comprar online aqui, contempla as passagens de ida e volta e o acesso ao monumento do Cristo Redentor. O acesso é feito pela Rua Cosme Velho, 513.
-
Praias: impossível não se apaixonar
O Rio tem praias para todos os gostos. Se for sua primeira visita, recomendamos, é claro, as praias clichês: deve ser um tipo de ofensa ir ao Rio de Janeiro e não conhecer Copacabana ou Ipanema.
Uma ótima ideia é alugar cadeira e guarda-sol e passar o dia na praia, tomando cerveja, mate, caipirinha, água de coco… E comendo itens tradicionais das praias cariocas como queijo coalho e biscoito Globo.
Nossas indicações são as praias da zona sul. Provavelmente não há nenhuma que não tenha sido eternizada em pelo menos uma canção, então todas são famosas e, como não poderia deixar de ser, lindas!
- Ipanema: é uma das mais badaladas praias cariocas. Eu, que vos escrevo, particularmente, gosto muito dela e de ficar na altura do Posto 9. Em 2014, o calçadão da praia ganhou uma estátua de Tom Jobim.
- Leblon: é a continuação da Praia de Ipanema, tão linda quanto. Se você quiser se sentir em uma novela do Manoel Carlos, esse é o lugar.
- Copacabana: praia onde tudo é clássico, do calçadão à estátua de Carlos Drummond de Andrade sentado no banquinho na orla (tira foto com ele, hein!?). É tão ou mais badalada que Ipanema.
- Leme: é a continuação da Praia de Copacabana e fica em uma área mais tranquila. Lá você verá muitas famílias com crianças.
- Arpoador: algum dos seus dias de praia precisa terminar na Pedra do Arpoador vendo o pôr-do-sol. Simplesmente precisa. A praia é bastante frequentada por surfistas e fica no fim de Ipanema, mas o importante mesmo é a pedra. Então depois de aproveitar o dia todo, corra para lá ver o sol se despedir.
-
Lagoa Rodrigo de Freitas e Jardim Botânico: clássicos
Como o Jardim Botânico fica atrás da Lagoa Rodrigo de Freitas, combinar os dois passeios é uma excelente ideia.
O entorno da Lagoa inicialmente foi habitado por indígenas tamoios. Hoje o lugar abriga diversos clubes, como o Jóquei Clube e os Clubes de Regatas do Flamengo e do Vasco da Gama, e há vários locais de lazer e opções de passeios, além de quiosques de gastronomia nacional e internacional.
O Jardim Botânico foi inaugurado em 1808 e lá você pode tirar aquela foto clássica do caminho das palmeiras.
O preço do ingresso mais básico para visitar o JB é R$ 67 e você pode comprá-lo online aqui. Há outros tipos de visitas com valores diferentes, basta escolher o que mais combina com você.
Os horários de funcionamento são: segunda e terça e de quinta a domingo, das 8h às 17h. O JB oferece visitas guiadas e trilhas temáticas. Separamos algumas para você:
- Trilha das Artes: enquanto construía um dos mais belos repositórios da flora mundial, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi também incorporando a seu acervo obras de arte de raro valor, que hoje estão integradas à paisagem. Duração média de 1h30.
- Trilha Histórica: ao longo da Trilha Histórica serão interpretados pontos de relevância do Jardim Botânico. Entre eles espécies botânicas, monumentos artísticos e arquitetônicos. Para enriquecimento das informações, o Centro de Visitantes dispõe de um banco de dados e placas interpretativas. Duração média de 2h.
- Trilha das Árvores Nobres: ao longo da Trilha Árvores Nobres estão interpretadas espécies nobres, principalmente das florestas Atlântica e Amazônica. A denominação “árvores nobres” engloba a importância ecológica, econômica e paisagística das espécies. Duração média de 2h.
-
Centro Histórico e Lapa: uma volta ao passado carioca
Conhecer o Centro do Rio de Janeiro é conhecer sua história. Se você é uma daquelas mulheres que viajam sozinhas que gosta de caminhar, saiba que há diversos walking tours gratuitos, como este.
Ele contempla: Confeitaria Colombo, Travessa do Comércio, Praça XV, Paço Imperial, Cinelândia, Teatro Municipal, Biblioteca Nacional, Escadaria Selarón e Arcos da Lapa.
O tour sai do Relógio Histórico do Largo da Carioca, não demanda agendamento prévio e tem duração de cerca de 3h.
Ele funciona de segunda a sábado, às 10h30, faça chuva ou faça sol e os guias trabalham com gorjetas – você doa o quanto puder e quiser.
-
Noites cariocas: para todos os gostos
As noites cariocas podem ser tranquilas ou agitadas, depende do gosto de cada um.
Para adentrar a alma carioca, uma noite na Lapa é essencial. E a verdade é que são tantos os bares por lá que fica até difícil escolher.
Todos eles costumam ter mesinhas na calçada e é provável que estejam lotados de turistas e locais, principalmente nos fins de semana.
Recomendamos dar uma volta pela Lapa e parar naquele que mais te agradar. Um que gostamos bastante é o Boteco da Garrafa (Av. Mem de Sá, 77 – diariamente, das 17h à 1h).
Localizado na rua dos Arcos s/n, o Circo Voador é mais uma opção incrível para curtir a noite carioca. Ele conta com uma agenda eclética de shows com MPB, samba, rock, pop e muito mais, e você pode conferi-la aqui.
Já para os amantes do samba, uma excelente ideia é verificar se há eventos nas quadras das escolas de samba do Rio de Janeiro enquanto você estiver na cidade e ir a algum deles. Diversão e boa música estão garantidos.
Regiões como Copacabana, Ipanema e Leblon contam com bares e baladas com estilos diversos. A melhor pedida é seguir para um desses bairros e, caminhando por suas ruas principais, encontrar o lugar ideal para a sua noite.
Porém, se você não encontrar um lugar do seu agrado, nada que uma cerveja gelada e uma porção de camarão ou peixe frito em um quiosque na beira da praia não resolva.
-
Dica final: Shirley
Como no turismo, a gastronomia do Rio de Janeiro também é diversa e capaz de atender a todos os tipos de público, incluindo as mulheres que viajam sozinhas. São inúmeras opções espalhadas pela cidade, para todos os bolsos.
Gostaríamos de destacar um lugar pelo qual essa, que vos escreve, é apaixonada: o Shirley, restaurante que, desde 1954, é especializado em cozinha espanhola, com protagonismo dos frutos do mar.
De acordo com a Veja Rio, o Shirley recebeu esse nome em homenagem à atriz norte-americana Shirley Temple, pela qual a fundadora do restaurante, a espanhola Estrela Sánchez, era apaixonada.
O restaurante é minúsculo e fica no Leme, na rua imediatamente atrás da Avenida Atlântica. O Shirley tem meia dúzia de mesas e é bastante concorrido. Se houver fila, vale a pena esperar.
Os pratos são divinos e costumam servir de duas a três pessoas. O escabeche de sardinha é perfeito como entrada, mesmo que você, assim como eu, não seja um fã de sardinha.
O endereço do restaurante é Rua Gustavo Sampaio, 610 e ele funciona diariamente das 11h à 1h.
Gostou das nossas dicas sobre o Rio de Janeiro?
E se quiser entrar no clima da capital carioca, que tal ouvir uma playlist com músicas de estilos variados sobre a cidade cantadas por vozes femininas? Ouça a seleção Viagem Sonora Pelo Rio de Janeiro que preparamos!
Se é sua primeira viagem sola, fique ligada nessas dicas que separamos para você!
Venha conhecer mais sobre a Sisterwave, clicando aqui. E não deixe de nos seguir no Instagram, estamos sempre trazendo conteúdos de qualidade com foco em mulheres que viajam sozinhas!